No meu ponto de vista, a peça de
teatro «Auto da Barca do Inferno» encenada pela Companhia Ar de Filmes, no Mosteiro dos Jerónimos, foi bem sucedida e
interpretada.
Inicialmente, os atores foram
desfilando as personagens pela mesma ordem que consta na peça original. O seu
tempero humorístico realçou e caracterizou, acima de tudo, as críticas que Gil
Vicente apontou à sociedade quinhentista.
A originalidade esteve sobretudo
presente na forma como foi abordada a cena do Parvo, através de um ritmado rap que pouco fazia lembrar o texto
dramático. Este é para mim um dos encantos do teatro: poder transformar uma
cena da realidade em algo completamente diferente, com outra cor e vida.
Por outro lado, a interação dos
atores com o público despertou a atenção assim como a improvisação contrastando
com alguns aspetos menos bons relativos à personagem do Anjo na qual houve
ausência de serenidade e feminilidade.
Os cenógrafos não chegaram à
“perfeição” dos cenários pouco trabalhados.
Acima de tudo, fiquei com a ideia que
o texto vicentino é muito mais divertido representado que lido, tal como é próprio de qualquer texto dramático.
Marta Costa nº12 9ºA
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