O “Auto da Barca do
Inferno”, um texto dramático de Gil Vicente, foi exemplarmente representado no
Mosteiro dos Jerónimos. A ação consiste no “juízo final”, as personagens vão
para o Paraíso ou para o Inferno. Nesta obra, o autor pretende criticar a
sociedade do século XVI de uma maneira lúdica e ao mesmo tempo didática.
Nesta representação espetacular por parte do elenco,
destaca-se de forma soberba o ator que representa o “Diabo”. Ele entra
completamente na personagem, interage com a plateia, o que ajuda a transportar
o público para a época quinhentista.
Apesar de o cenário ser constituído essencialmente por
escadotes, estes estão muito bem situados no meio do público, favorecendo
assim a interação com o mesmo.
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