Florença, 26 de maio de
1326
Cara família,
Escrevo-vos esta carta,
pois nos últimos tempos, muito me tem acontecido. Gostava de partilhar convosco
as peripécias pelas quais tenho passado.
A seguir à minha partida da Dinamarca, na primavera,
cheguei a um porto no qual embarquei rumo à Palestina. Uma vez lá, segui com os
outros peregrinos para a Terra Santa. Ao final da tarde, no dia de Natal, dirigi-me
para a gruta de Belém onde rezei pela noite fora. Fi-lo pelo fim das misérias e
das guerras, pela paz e alegria do mundo. Pedi ainda a Deus que me fizesse um
homem de boa vontade capaz de amar os outros; orei também aos anjos para que me
protegessem e me guiassem na viagem de regresso e para que o próximo Natal
fosse passado na vossa doce companhia.
Quando me despedi de Jerusalém, encontrei um mercador
com o qual simpatizei, no porto de Jafa. Juntos passámos por uma forte
tempestade e, dias depois, chegámos ao seu país: Itália. Já em Veneza, fiquei alojado no seu palácio onde me contou o
fantástico romance de Vanina e Guidobaldo. Fiquei simplesmente
maravilhado com aquela cidade devido à sua exuberância e arte! Jamais
esquecerei as suas ruas de canais de águas verdes nas quais deslizam barcos
finos e escuros: gôndolas.
Alguns dias depois, montado num belo cavalo, segui caminho
até Florença, passando por Ferrara e Bolonha. Assim que cá cheguei, fui ao
encontro do banqueiro Averardo que graças às cartas de apresentação do
mercador, me ofereceu estadia em sua casa. Tem sido fantástico! Ainda ontem ao
serão, me deliciei com a bela história de um pintor chamado Giotto bem
como a do escritor Dante e a sua amada Beatriz.
Espero que o resto da viagem me corra de feição. Mal vejo
o dia em que nos voltemos a encontrar!
Com muito amor,
O
Cavaleiro
Trabalho de grupo da
turma 7º D: Bárbara Bernardino, nº 6; Catarina Ferreira, nº 10; leonor
Carrilho, nº 17 e Maria Alice Neves, nº 19
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