Gabrielle Craig Lord é uma escritora Australiana descrita como a “Primeira-dama Australiana do crime”. Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1946, pelo que tem 66 anos.
Frequentou a escola Kincoppal Rose Bay em
Rose Bay e, posteriormente, a Universidade da Nova Inglaterra em Armidale.
Licenciou-se em Literatura Vitoriana e trabalhou como professora e como
funcionária pública para a Commonwealth. Publicou várias críticas, artigos,
histórias curtas e histórias de não ficção, no entanto é mais conhecida pelos
seus “thrillers” psicológicos.
Em
1978, com o apoio de uma bolsa da Sociedade Australiana dos Escritores,
afastou-se durante um ano do trabalho e passou a escrever a tempo inteiro. Durante
esse tempo, escreveu o livro “Morte na Família”, que recebeu críticas
negativas. Por isso, Gabrielle Lord decidiu pô-lo de parte e nas últimas três
semanas que restavam do tempo concedido, escreveu “Fortaleza”. “Fortaleza”
conta a história do rapto de um professor e dos seus alunos. O livro foi um
sucesso imediato, tendo sido traduzido em seis línguas e teve direito a um
filme. Com o dinheiro que recebeu do filme, a escritora conseguiu deixar o
emprego em 1983 e passou a escrever a tempo inteiro.
Também o livro “The Whipping Boy” escrito em
1992 foi adaptado ao cinema.
Gabrielle Lord acredita que é essencial proceder
a uma pesquisa minuciosa para escrever livros, uma vez que segundo a autora “é
necessário para que os leitores experienciem totalmente a leitura”. Por esta
razão, ao longo dos anos passou bastante tempo com cientistas, detetives,
antropólogos forenses, estudou anatomia na Universidade de Sydney e fez
trabalho experimental numa empresa de segurança privada. Este contacto com
peritos, permite à escritora imaginar e inventar muitas situações baseadas em
casos reais.
Gabrielle Lord
atingiu
o seu maior sucesso com a série de livros “Conspiração 365”. É uma coleção
composta por 12 livros cujos títulos referem os doze meses do ano com por exemplo
“Conspiração 365 Janeiro” ou “Conspiração 365 Outubro”. Para além do autêntico
sucesso dos livros, foi feita também uma série televisiva.
A escritora tem ainda outros interesses que
passam pela defesa dos direitos dos animais e pelos retiros espirituais na
comunidade de Taizé, situada em França e que utiliza a música como manifestação
da espiritualidade. Ela gosta também muito de passear, cantar, tratar do jardim,
conversar com os amigos, estar na companhia dos familiares, praticar exercício
físico, alimentar os seus peixes-dourados, e cuidar dos gatos.
Gabrielle vive em Sydney, a capital da
Austrália, numa casa ao pé do mar. Tem uma filha e quatro netas.
BIBLIOGRAFIA:
ï Fortaleza, 1980 - A paz de uma
professora da escola Sunny Flat acaba numa manhã em que esta e os seus alunos
são raptados. Depressa ficam obcecados em conseguir escapar, a qualquer custo.
Tooth and Claw, 1983
Jumbo, 1986
Salt, 1990
Whipping Boy, 1992
Bones, 1995
The Sharp End, 1998
Feeding the Demons, 1999 – Este é o primeiro livro de uma série de quatro que conta com “Baby Did a Bad Bad Thing”, “Spiking the Girl” e “Shattered”. Conta a história de uma investigadora chamada Gemma, que tenta descobrir quem realmente assassinou a sua família, pois acredita na inocência do próprio pai que foi acusado de ter morto a mãe e a irmã de Gemma.
Tooth and Claw, 1983
Jumbo, 1986
Salt, 1990
Whipping Boy, 1992
Bones, 1995
The Sharp End, 1998
Feeding the Demons, 1999 – Este é o primeiro livro de uma série de quatro que conta com “Baby Did a Bad Bad Thing”, “Spiking the Girl” e “Shattered”. Conta a história de uma investigadora chamada Gemma, que tenta descobrir quem realmente assassinou a sua família, pois acredita na inocência do próprio pai que foi acusado de ter morto a mãe e a irmã de Gemma.
- Death Delights, 2001 – Este é também o primeiro de uma série de três livros, que inclui “Lethal Factor” e “Dirty Weekend”, cuja personagem principal o Dr. Jack McCain resolve misteriosos assassinatos em cada um dos livros.
- Baby Did a Bad Bad Thing, 2002
- Lethal Factor, 2003
- Spiking the Girl, 2004
- Dirty Weekend, 2005
- Monkey Undercover, 2006
- Shattered, 2007
- Conspiração 365 Janeiro, 2010 – Este é o primeiro livro da série “Conspiração 365” da qual constam 12 livros, um correspondente a cada mês. Conta a história de um personagem de 15 anos, chamado Cal que na véspera de Ano Novo é seguido por um estranho homem que lhe deixa um alerta: "Mataram o teu pai. Vão matar-te. Tens de sobreviver nos próximos 365 dias!" Forçado a uma vida em fuga e com a cabeça a prémio, o fugitivo de 15 anos vê-se sozinho, sem ter quem o ajude. Perseguido pela Lei e por criminosos impiedosos, Cal tem de descobrir a verdade sobre a misteriosa morte do seu pai e um segredo capaz de mudar o rumo da História. A quem pode ele recorrer? Em quem pode ele confiar, quando parece que o mundo inteiro o quer ver morto? O relógio não para. Cada segundo pode ser o último da sua vida.
- Conspiração 365 Fevereiro – 2010
- Conspiração 365 Março- 2010
- Conspiração 365 Abril- 2010
- Conspiração 365 Maio - 2010
- Conspiração 365 Junho – 2010
- Conspiração 365 Julho - 2010
- Conspiração 365 Agosto- 2010
- Conspiração 365 Setembro- 2010
- Conspiração 365 Outubro - 2010
- Conspiração 365 Novembro - 2010
- Conspiração 365 Dezembro – 2010
- Conspiração 365 Revenge, 2011 – Neste livro a autora dá continuidade à personagem de Cal quando este voltou para a família e tudo parece estar calmo. No entanto, é posto à prova através de um novo desafio a conta-relógio.
- Conspiração 365 Malice, 2012 – Trata-se de uma aventura vivida por Winter, uma amiga de Cal, que também tem muito pouco tempo para resolver um mistério e salvar a sua vida.
- Death By Beauty, 2012
PRÉMIOS:
ï 2002 – Prémio Ned Kelly para melhor livro de
crime, com Death Delights.
ï 2003 – Prémio Davit para melhor livro de
crime escrito por uma mulher australiana, com Baby Did a Bad Bad Thing.
Entrevista a Gabrielle Lord em 2004, feita por uma revista
australiana.
Revista: Para escrever um thriller, para
além de ser criativa, tem de ser também bastante organizada, não é verdade?
G.L: Eu bem tento, mas não sou.
Adotei até uma expressão chamada “caos criativo”, uma vez que trabalho no meio
da confusão total e parece resultar muito bem.
Revista: Quando escreve, fica totalmente
imersa no seu livro?
G.L: No início, há um período bastante
desagradável para mim, quando a história é apenas uma grande confusão, um
emaranhado de ideias e pensamentos. Parece que nunca se irá compor, mas, no
entanto, compõe-se sempre e chega a ser tão real para mim que vejo as caras das
personagens, ouço-as falar e mover-se. (Ri-se) Há provavelmente algum tipo de
medicação que se pode tomar para este fenómeno…
Revista: Assegura-se de que sai o
suficiente e faz outras coisas, para além de escrever?
G.L: Sim, claro, sou uma pessoa
bastante ativa. Caminho todos os dias 5 km, faço Yoga e Pilates.
Revista: Deve sentir-se muito orgulhosa
de ver a sua escrita apreciada e com tudo o que conseguiu atingir, pessoal e
profissionalmente, através dela.
G.L: Sim, muito. É um trabalho que
eu adoro executar. Com isto, posso dizer o que quero e divirto-me muito a fazê-lo.
Houve tempos em que vivi com algumas dificuldades, a esperar pacientemente o
cheque de pagamento ao fim do mês. Ultimamente, graças ao sucesso que tenho atingido,
consegui estabilidade financeira.
Revista: Escreve muito bem livros
assustadores. Alguma vez teve uma experiência assustadora na sua vida?
G.L: Oh sim! A minha mãe (ri-se). E
fui criada por freiras, o que também foi bastante assustador.
Revista: Mas porque diz isso? As freiras
eram desagradáveis para consigo?
G.L: Sim, eram cruéis. Eu imagino
que algumas são de facto simpáticas, mas não tive a sorte de encontrar nenhuma
assim. Vivia com medo e sim, penso que foi essa a razão para a existência de
medo nos meus livros. O medo que uma criança sente é muito poderoso e fica para
sempre. Sofri esse medo durante a escola primária e secundária. Isto porque os
meus pais estavam longe e eu sentia-me sozinha, sentia que ninguém me podia
tirar aquele medo.
Revista: Não disse aos seus pais o que
se estava a passar?
G.L: Não, porque foram eles que me
mandaram para essa instituição, o que fez com que eu sentisse que tinham culpa.
Revista: Parece tortura!
G.L: Sim (ri-se). Bom, as freiras na
escola secundária não utilizavam a violência física, mas utilizavam a
psicológica. Nós tínhamos números em vez de nomes. Cada vez que penso nisso
acho bastante peculiar. Era quase como se estivesse numa prisão! Eu era o
número 18, nunca se esquecem esses números…
Revista: Isso passou-se num colégio
católico interno em Sydney?
G.L: Sim.
Revista: É filha única?
G.L: Não, somos seis. Eu sou a mais
velha, mas eramos todos criados como filhos únicos, pois fomos todos mandados
para diferentes sítios, escolas e colégios internos. Tenho uma irmã e quatro
irmãos.
Revista: Agora são todos chegados?
G.L: Sou mais chegada à minha irmã.
Conseguimos criar uma relação e ainda bem, apoiamo-nos muito uma à outra.
Revista: Tem uma filha e é avó?
G.L: Sim, tenho duas lindas netas
com 6 e 3 anos: “Snow White” (Branca de Neve) e “Red Rose” (Rosa Vermelha). Chamo-lhes
assim, porque uma é muito branquinha com os olhos escuros e a outra é loira.
Revista: De que signo é?
G.L: Peixes.
Revista: E tem peixes-dourados! Quantos?
G.L: Não
faço ideia…talvez uns 40. Tenho um aquário enorme para el
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