Dinamarca, 13 de julho de 1498
Querido esposo,
Sinto
imensas saudades tuas e estou ansiosa pelo teu regresso.
A
vida cá em casa mudou radicalmente, desde que partiste em peregrinação. Os
criados andam desmotivados a fazer o seu trabalho, os nossos amigos e parentes
mandam inúmeras cartas a perguntar se já voltaste, a oferecer ajuda e a dar
apoio, mas eles próprios não sabem o que fazer.
No
entanto, as pessoas mais tristes e que nos mais preocupam são as crianças. Elas
mal sorriem e andam constantemente a perguntar se há noticias tuas.
O
nosso Natal foi diferente de todos os outros. Continuou a ser mágico, mas a
alegria e a azáfama desapareceram. Todos tentámos fazer para que esta época
fosse alegre, contudo os esforços foram em vão!
Eu
procuro aguentar-me e pensar positivamente que no próximo Natal, ou mesmo antes,
já estaremos todos juntos.
Espero que tenhas conseguido passar este dia
tão especial, onde querias e que tenhas visitado todas as cidades que
planeaste. Desejo também que vivas muitas aventuras e que ouças muitas
histórias para que nos possas contar, quando voltares.
A
tua falta é cada vez mais notória!
Um
beijo com amor da tua mulher.
Bruna Rabasqueira,
nº7, 7ºC
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